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Modalidades de tratamento para sintomas sexuais da menopausa

As mudanças no epitélio e na musculatura vaginal decorrentes das alterações hormonais, acrescidas da diminuição na lubrificação genital provocam secura vaginal e, muitas vezes, dispareunia, condições que têm sido responsabilizadas pelo comprometimento da atividade sexual feminina na transição menopáusica. Porém, há várias outras condições a se considerar, como os sentimentos, conflitos e disfunção sexual do parceiro, bem-estar subjetivo e a incidência e intensidade dos sintomas menopausais. Devido à multiplicidade de fatores envolvidos no comprometimento da qualidade de vida da mulher climatérica, a oportunidade de abordar suas dificuldades, inclusive as sexuais, é parte fundamental na assistência à saúde. Para investigar as dificuldades sexuais, o profissional de saúde precisa identificar a qualidade do estímulo,
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Sexualidade em oncologia

O câncer, bem como suas abordagens terapêuticas, afeta o bem-estar psicológico e a qualidade de vida do(a) paciente oncológico, de sua família e, especialmente, de sua(seu) parceira(o), podendo resultar em prejuízos significativos à função sexual, ao estado emocional e ao relacionamento. Na maioria das vezes, não são abordadas questões relativas à sexualidade no contexto clínico, valorizando-se apenas os resultados do tratamento, o controle de efeitos adversos não sexuais e a sobrevida do(a) paciente. Alterações ou bloqueios em uma ou mais das fases do ciclo de resposta sexual (desejo, excitação, orgasmo, resolução) podem desencadear disfunções sexuais. Para tal situação, concorrem elementos de ordem somática e/ou psíquica. Em pacientes com câncer, a presença de condições debilitantes ou incapacitantes,
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Psicoterapia para a saúde sexual: resultados com um grupo de mulheres na transição menopáusica

Avaliar resultados de intervenção psicoterapêutica na saúde sexual, comparando, antes e após a intervenção, a qualidade de vida e a função sexual de mulheres na transição menopáusica. MÉTODO: Participaram 14 pacientes, que responderam aos questionários Índice de Função Sexual Feminina (Female Sexual Function Index, FSFI) e instrumento abreviado de avaliação da qualidade de vida (QV). O modelo de intervenção foi psicoterapia de grupo tematizada e de tempo limitado para disfunções sexuais, com adaptações para a transição menopáusica. RESULTADOS: FSFI e seus domínios desejo, orgasmo e satisfação apresentaram alterações estatisticamente significantes (P < 0,05), enquanto o índice de QV não teve alterações significantes (P > 0,05). Houve tendência de aumento no índice de função sexual e correlações positivas entre escores do FSFI e
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Tratamento psicoterápico para disfunção sexual feminina

Disfunção sexual feminina refere-se à alteração do interesse pela atividade sexual, à dificuldade com a excitação subjetiva e/ou genital e em desencadear o desejo durante o envolvimento sexual, à disfunção do orgasmo e da dor à relação sexual, bem como à impossibilidade de relaxamento vaginal (para permitir a penetração). O conceito atual de função sexual valoriza o aspecto responsivo do desejo feminino, desencadeado por estímulo e contexto sexual adequados. O diagnóstico deve considerar história médica, psicossocial e sexual, contexto atual, passado e do início da dificuldade, resposta sexual atual e participação do parceiro. Medo de perder o controle, de resultados negativos, dificuldade em permanecer atenta ao momento presente e falta ou informação insuficiente sobre a
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Envelhecimento, doenças crônicas e função sexual

A expressão sexual de indivíduos mais velhos e saudáveis é menos conhecida do que o impacto negativo das doenças e de seus tratamentos relacionados à função sexual. Por outro lado, a regularidade da atividade sexual garante bem-estar físico e psicológico, além de contribuir para a redução de problemas físicos e de saúde mental, associados ao envelhecimento. A alta prevalência de comorbidades em homens idosos e a associação dessa condição com o comprometimento da função sexual confirmam o prejuízo crescente do interesse e da satisfação sexual. O mesmo ocorre entre as mulheres nessa faixa etária, com o aumento de dor à penetração e a diminuição do desejo sexual. Disfunção erétil pode ser um
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Dor genital feminina

A dor genital feminina tem sido objeto de estudos, o que resultou em mudança na sua classificação pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM). A noção da dispareunia ser desordem unitária identificada como disfunção sexual não tem sido confirmada. Há síndromes de dispareunia, sendo a superficial muito semelhante ao vaginismo. A definição do vaginismo, baseada principalmente na ocorrência do espasmo vaginal, também não tem sido confirmada. O DSM-V engloba os dois transtornos, classificando-os como desordem da dor genitopélvica, cuja definição baseia-se em cinco dimensões: índice de sucesso da penetração vaginal, dor com a penetração vaginal, medo da penetração vaginal ou dor genitopélvica durante a penetração vaginal, disfunção da musculatura do assoalho pélvico e
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Importância do apoio psicoterapêutico para disfunção sexual no envelhecimento

A função sexual humana é multidimensional. Numa dimensão psicológica, envolve autoestima, confiança e respeito pela parceria. Na social, tabus, conhecimento e atitudes relativos à sexualidade, religiosidade e valores. Na dimensão relacional, a disponibilidade da parceria e a qualidade do relacionamento são mais importantes. Por essa complexidade de fatores de risco, homens e mulheres idosos necessitam de apoio multidisciplinar, inclusive atenção psicológica para preservar a satisfação sexual. Como os aspectos psicológicos e relacionais são preponderantes no desencadeamento das disfunções sexuais, a terapêutica deve atuar nas dimensões psicossociais da mulher, do homem e do casal. O conceito de reabilitação sexual torna-se mais apropriado do que tratamento sexual, quando morbidades físicas e psicológicas crônicas interferem na função sexual, condição bastante
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Desejo sexual em mulheres jovens em relacionamentos estáveis

Uma das principais dificuldades sexuais femininas é a falta de interesse/desejo sexual. Entre os fatores de risco, destacam-se o tempo de duração do relacionamento, a pouca satisfação no relacionamento afetivo, menor valorização da vida sexual, condições médicas e respectivos tratamentos. Embora a diminuição do desejo atinja todas as faixas etárias, mulheres jovens apresentam maior desconforto com essa condição. As particularidades da função sexual feminina foram reconhecidas em modelo em que o desejo por intimidade, ao invés de um impulso biológico, é considerado o deflagrador da resposta sexual. Esse modelo se caracteriza como circular, no qual elementos emocionais e físicos favorecem a disponibilidade da mulher para a experiência sexual. Em mulheres jovens, falta de
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Sexualidade da mulher idosa

Avanços na educação e na medicina têm promovido melhor qualidade e expectativa de vida, além de recursos para a preservação da vida sexual. A valorização da atividade sexual permanece, quando vivenciada com frequência e prazer. A maioria das dificuldades e disfunções sexuais aumenta com o envelhecimento porque fatores físicos e sociais tornam-se mais relevantes. Por outro lado, o sofrimento feminino com os problemas sexuais, exceto os relacionados à lubrificação, diminuem. A menor atividade sexual no envelhecimento, pela complexidade de fatores envolvidos, pode ser compreendida como consequência de transição fisiológica, psicológica e social. Mulheres mais velhas associam satisfação ou falta de interesse sexual à qualidade do relacionamento amoroso. A principal atividade heterossexual envolve penetração vaginal, diminuindo com
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Terapia de casal para superar disfunções sexuais

O ciclo ansiedade de antecipação, ato sexual tenso e pouco satisfatório, frustração, pouco interesse sexual e consequente evitação envolve questões individuais e do casal. A terapia do casal está indicada e pode ser mais eficaz se fatores relacionais comprometem o vínculo conjugal e, consequentemente, a satisfação sexual. Excesso de intimidade emocional, gerando exclusão da abordagem de questões sexuais e do erotismo, diferenças de gênero, dificuldades comunicacionais no enfrentamento de conflitos e desequilíbrio do poder (divisão da responsabilidade pelo relacionamento, capacidade de se mostrar vulnerável e de sintonia às necessidades do outro e influência de cada um) são alguns fatores que comprometem o
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